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Nestes últimos dois finais de semana, convivi com centenas de jovens. Falei, sofri, vibrei e chorei de alegria no meio deles. Então, não tive como não refletir se os jovens são um problema ou uma bênção para o mundo. E não tenho dúvida de que eles são uma bênção e uma bênção especial.
Depois de passar seis dias com eles, não é difícil afirmar isso, pois, embora enfrentem um turbilhão de desafios, sofram uma guerra de informações, sejam disputados por muitos "mercados", eles carregam um mundo de sonhos e trazem na carne e na alma a novidade, a surpresa e a esperança. São povoados de bons hábitos, de muitos sentimentos, de maneiras peculiares de se expressar e, especialmente, de uma nova cultura. Sim, os jovens não têm medo do novo, da surpresa, nem de arriscar.
Aprendi com o papa Francisco que para falar e entender os jovens, precisamos caminhar com eles, pôr-se a caminho com eles e não pedir-lhes que sentem para nos escutar, mas escutá-los enquanto caminhamos e falar-lhes ao longo do caminho, pois eles tornaram-se peregrinos.
Aprendi com o papa Francisco que os adultos precisam anunciar aos jovens, com firmeza e clareza, que eles são amados por Deus, que Deus está neles e com eles e que não abre mão deles: de sua juventude, de sua força e de sua capacidade de amar com ardor e generosidade.
Aprendi com o papa Francisco que devemos dizer-lhes que Deus quer salvá-los do egoísmo, das trevas da droga, do isolamento e da indiferença para com os outros, desafios próprios da sociedade de hoje; que Deus acompanha-os em suas vidas, sem tirar-lhes nada do que é humano, belo e nobre, mas sim os enriquece com sua luz para que eles se tornem estrelas de paz e de esperança nas famílias e nos ambientes onde vivem.
Aprendi com o papa Francisco que jovem não se refere necessariamente apenas à idade cronológica, mas é, antes, um estado de coração. Por isso, todos nós podemos ser jovens e somos convidados a sermos, sendo capazes de dialogar com os mais jovens.
Sabemos que, como nós, os jovens não são perfeitos, têm suas deficiências, suas limitações, não sabem tudo e não possuem todas as respostas, mas não lhes falta a sensibilidade e a solidariedade diante do sofrimento, do amor e da vida e que eles têm muito a contribuir com o futuro da humanidade.
Para concluir, sirvo-me das significativas palavras de Francisco: "ficarei feliz vendo-vos correr mais rápido do que os lentos e medrosos. Correr atraídos por aquele rosto tão amado que adoramos na Eucaristia e reconhecemos na carne do irmão que sofre. O Espírito Santo vos impulsione nesta corrida para frente. O mundo precisa do vosso ímpeto, das vossas intuições, da vossa fé. E quando chegardes aonde nós ainda não chegamos, tende paciência de esperar por nós".
E eu lhes digo: jovens, vocês são uma bênção para o mundo! Escolham o melhor caminho, o caminho da paz.